2025-04-25 08:31:40.0

Pesquisa investiga relação entre obesidade infantil, dor e qualidade de vida

Crianças, entre 8 e 11 anos, são convidadas para avaliação e orientação gratuitas

O acúmulo de gordura corporal pode desencadear um estado inflamatório crônico que afeta os mecanismos de percepção e processamento da dor, impactando negativamente a funcionalidade e o bem-estar das crianças. A partir dessa condição, uma pesquisa, realizada no Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está convidando crianças obesas, ou não, entre 8 e 11 anos, para participarem de estudo que pretende compreender como a obesidade infantil pode afetar a qualidade de vida, a capacidade funcional e a percepção da dor em crianças. Os participantes do estudo serão avaliados e orientados, gratuitamente, pela equipe de pesquisa.

O estudo é orientado pela professora Helen Cristina Nogueira Carrer, do DFisio, e integra o projeto de Iniciação Científica das graduandas Vanessa Sartorelli Laissener e Ana Luiza de Jesus. A pesquisa também avaliará a influência de características de nascimento e dados sociodemográficos dos pais no contexto obesidade infantil.

De acordo com a orientadora do estudo, a obesidade infantil pode impactar a dor e a qualidade de vida por meio de mecanismos inflamatórios e biomecânicos, que aumentam a sensibilização central e periférica, favorecendo o aparecimento de dor. "Embora a relação causal ainda não esteja totalmente estabelecida, sabe-se que o excesso de gordura corporal pode tanto causar dor, pelo estresse mecânico e estado pró-inflamatório, quanto ser consequência dela, devido à redução da atividade física como estratégia de alívio", explica Helen Carrer, destacando que essa temática ainda é pouco explorada na literatura científica.

O objetivo da pesquisa é gerar evidências que contribuam para o desenvolvimento de ações de promoção da saúde infantil. "Espera-se que os resultados indiquem pior processamento de dor e pior qualidade de vida em crianças com obesidade, em comparação com aquelas sem a condição", complementa a docente.

Para realizar o estudo, são convidadas crianças, meninas ou meninos, entre 8 e 11 anos, que tenham, ou não, obesidade e que morem em São Carlos. As participantes farão uma visita presencial à UFSCar e passarão por consulta com uma equipe de pesquisadores especializados, exames de composição corporal, testes físicos e sensoriais, além de questionários aplicados aos responsáveis. As crianças devem comparecer às avaliações com jejum de duas horas. Ao final, será entregue um relatório completo com dados importantes para o acompanhamento da saúde infantil.

Os responsáveis que queiram incluir suas crianças na pesquisa, devem entrar em contato pelo WhatsApp (16) 99740-2583 até o mês de agosto. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 82310324.2.0000.5504).

anexos:

Famílias interessadas podem inscrever as crianças até o mês de agosto (Foto: Pixabay)
Contato para esta matéria: Gisele Bicaletto  Telefone: (16) 33066595  
Creative Commons License
Esta notícia é licenciada sob uma Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil.
Baseada no trabalho de www.comunicacao.ufscar.br
« voltar
Sistema de Apoio à Comunicação Integrada (SACI) ícone do SACI - Copyright© 2009- UFSCar - CCS - Versão 5.0.4