Clipping

Páginas:

10

Texto na íntegra:

Os produtos da marca apresentados à imprensa nacional, última quarta-feira, 15, na Fundação Oscar Americano, em São Paulo, têm como matéria-prima a manteiga do fruto ucuuba.

Presente em áreas alagadas da região amazônica, o nome da ucuubeira vem do tupi e significa "árvore da manteiga". Na empresa brasileira de cosméticos Natura, a semente avermelhada foi denominada de "joia rara".

"Joia" porque o fruto é fonte de uma manteiga com alto poder de hidratação e reparação com uma textura leve que proporciona a sensação de pele suave e toque seco. Uma combinação que chega ao mercado como o maior lançamento dos últimos cinco anos da linha Ekos, desenvolvida a partir de ativos da biodiversidade amazônica.

"Rara", a árvore corre risco de extinção pela exploração madeireira, que perpetua um mercado informal de confecção de materiais, demasiadamente crescente nos últimos 30 anos.

Para reverter o ciclo predatório vicioso, a Natura trabalha em conjunto com a Associação Movimento das Mulheres das Ilhas de Belém (MMIB), que conscientiza os moradores da região a manterem a preservação e valorização da espécie por meio da geração de renda na coleta da semente de forma segura e sustentável.

O lançamento da Ekos Ucuuba é fruto do Programa Amazônia, nascido em 2011, por meio do qual a Natura busca o fortalecimento das comunidades tradicionais e investe em um modelo de desenvolvimento que assegura a floresta em pé.

O compromisso da empresa vai além da satisfação do consumidor com a excelência do produto. São 15 comunidades e 600 famílias incluídas no manejo da ucuuba comprada pela empresa, nas regiões do nordeste paraense e na região do Médio Juruá da Amazônia.

Matéria-prima

A utilização da semente como matéria-prima cosmética possibilita o gerenciamento sustentável e evita o desmatamento. "A cada ano, a renda de uma comunidade ribeirinha com uma ucuubeira preservada é três vezes maior do que a obtida com a exploração madeireira. A árvore cortada gera renda uma única vez. A lógica transforma essa preciosidade, ou melhor, um tesouro da natureza em uma espécie extremamente valorizada", afirma Renata Puchala, gerente de Sustentabilidade da Natura.

Por isso, o modelo de economia em pé tem como objetivo preservar para continuar a missão do fruto, sem ameaça de extinção. "Uma nova história está em nossas mãos. Se não revertermos esse processo, em 2050 não teremos mais a árvore", afirma.

Modelo de gestão

A parceria com as comunidades é uma conexão entre floresta e urbano que traz a consciência de que o ser humano é parte da natureza. Com esse conceito, há 15 anos, a Natura Ekos atua no mercado preservando três pilares primordiais para seu modelo de negócio: conhecimento tradicional, inovação verde e empreendedorismo com responsabilidade socioambiental.

"As ações geram impacto social positivo da floresta à cidade e abrem uma oportunidade para fortalecer o ativo e seu lugar na cadeia produtiva. Também gera renda a partir de um produto florestal não madeireiro, a semente", afirma Daniel Campos, gerente de cuidados pessoais.

A linha Natura Ekos Ucuuba será composta por seis produtos. Os três primeiros lançados último dia 15 são: a manteiga reparadora para o corpo, o hidratante corporal e o hidratante para as mãos.

Em respeito ao período de coleta, no segundo semestre, será a vez do sabonete líquido para as mãos, uma versão do sabonete líquido para o corpo e um sabonete em barra cremoso.

Mais informações

Www.Arandas.Com.Br/lancamentoekosucuuba

Zilda Queiroz*
Repórter
*A jornalista viajou a convite do evento


Entrevista com Fátima Pina
A pesquisa fundamenta resultados

Fátima Pina é professora da UFSCar responsável pela pesquisa da ucuuba

 Como aconteceu a escolha do seu nome para comandar a pesquisa?

Acredito que minha experiência nos estudos da espécie há 35 anos realmente contou na decisão da Natura em me nomear como coordenadora da pesquisa e conservação dos manejos sustentáveis de recursos naturais da ucuuba, nas suas áreas de atuação.

Quais são as exigências da empresa em relação à pesquisa?

A única condição imposta pela Natura foi que, realmente, realizássemos um trabalho em conjunto que revertesse benefícios para a comunidade.

O que você considera mais importante nessa parceria?

O mais importante foi conseguir fechar o ciclo de conservação que é a pesquisa feita no campo; a transformação em conhecimento acessível para a comunidade; o trabalho realizado em conjunto; a atividade de conservação; o aprendizado com a comunidade, como remanejar esse recurso e, ainda, o repasse de conhecimento adquirido comunidade X universidade para a empresa, que por sua vez, ao adquirir o produto e estabelecer algumas condições como obedecer o que foi desenvolvido na pesquisa, cria um ciclo de proximidade. As pessoas envolvidas se preocupam com a conservação da espécie e, nós que realizamos a pesquisa, nos preocupamos com a comunidade e com o processo seletivo da semente.

O resultado é satisfatório?

O resultado é um longo caminho percorrido até chegar ao produto de excelência, finalizado de acordo com as práticas sustentáveis. A pesquisa, sem a parceria das comunidades e da empresa, e, aí não estamos falando da Natura, mas "a empresa", não teria o mesmo sucesso", conclui Fátima Pina. Z.Q.

Gênero:

Matéria

Classificação:

UFSCar

Sub-classificações:

Pesquisa Citações Docentes ou Ex-docentes

Autor:

Zilda Queiroz

Pessoa citada/ entrevistada:

Fatima CM Piña-Rodrigues

Palavras-chave:

cosméticos;Natura;Ekos;Ucuuba;produtos;floresta;hidratação;biodiversidade;preservação;pesquisa;

URL:

http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/negocios/uma-joia-rara-da-natureza-lapidada-em-cosmeticos-1.1273588

Uma joia rara da natureza lapidada em cosméticos

A linha Natura Ekos Ucuuba contribui com a transformação do processo de devastação em um ciclo produtivo

Diário do Nordeste Fortaleza-CE em 2015-04-22 00:00:00.0

Páginas:	10
Texto na íntegra:	Os produtos da marca apresentados à imprensa nacional, última quarta-feira, 15, na Fundação Oscar Americano, em São Paulo, têm como matéria-prima a manteiga do fruto ucuuba. Presente em áreas alagadas da região amazônica, o nome da ucuubeira vem do tupi e significa "árvore da manteiga". Na empresa brasileira de cosméticos Natura, a semente avermelhada foi denominada de "joia rara". "Joia" porque o fruto é fonte de uma manteiga com alto poder de hidratação e reparação com uma textura leve que proporciona a sensação de pele suave e toque seco. Uma combinação que chega ao mercado como o maior lançamento dos últimos cinco anos da linha Ekos, desenvolvida a partir de ativos da biodiversidade amazônica. "Rara", a árvore corre risco de extinção pela exploração madeireira, que perpetua um mercado informal de confecção de materiais, demasiadamente crescente nos últimos 30 anos. Para reverter o ciclo predatório vicioso, a Natura trabalha em conjunto com a Associação Movimento das Mulheres das Ilhas de Belém (MMIB), que conscientiza os moradores da região a manterem a preservação e valorização da espécie por meio da geração de renda na coleta da semente de forma segura e sustentável. O lançamento da Ekos Ucuuba é fruto do Programa Amazônia, nascido em 2011, por meio do qual a Natura busca o fortalecimento das comunidades tradicionais e investe em um modelo de desenvolvimento que assegura a floresta em pé. O compromisso da empresa vai além da satisfação do consumidor com a excelência do produto. São 15 comunidades e 600 famílias incluídas no manejo da ucuuba comprada pela empresa, nas regiões do nordeste paraense e na região do Médio Juruá da Amazônia. Matéria-prima A utilização da semente como matéria-prima cosmética possibilita o gerenciamento sustentável e evita o desmatamento. "A cada ano, a renda de uma comunidade ribeirinha com uma ucuubeira preservada é três vezes maior do que a obtida com a exploração madeireira. A árvore cortada gera renda uma única vez. A lógica transforma essa preciosidade, ou melhor, um tesouro da natureza em uma espécie extremamente valorizada", afirma Renata Puchala, gerente de Sustentabilidade da Natura. Por isso, o modelo de economia em pé tem como objetivo preservar para continuar a missão do fruto, sem ameaça de extinção. "Uma nova história está em nossas mãos. Se não revertermos esse processo, em 2050 não teremos mais a árvore", afirma. Modelo de gestão A parceria com as comunidades é uma conexão entre floresta e urbano que traz a consciência de que o ser humano é parte da natureza. Com esse conceito, há 15 anos, a Natura Ekos atua no mercado preservando três pilares primordiais para seu modelo de negócio: conhecimento tradicional, inovação verde e empreendedorismo com responsabilidade socioambiental. "As ações geram impacto social positivo da floresta à cidade e abrem uma oportunidade para fortalecer o ativo e seu lugar na cadeia produtiva. Também gera renda a partir de um produto florestal não madeireiro, a semente", afirma Daniel Campos, gerente de cuidados pessoais. A linha Natura Ekos Ucuuba será composta por seis produtos. Os três primeiros lançados último dia 15 são: a manteiga reparadora para o corpo, o hidratante corporal e o hidratante para as mãos. Em respeito ao período de coleta, no segundo semestre, será a vez do sabonete líquido para as mãos, uma versão do sabonete líquido para o corpo e um sabonete em barra cremoso. Mais informações Www.Arandas.Com.Br/lancamentoekosucuuba Zilda Queiroz* Repórter *A jornalista viajou a convite do evento Entrevista com Fátima Pina A pesquisa fundamenta resultados Fátima Pina é professora da UFSCar responsável pela pesquisa da ucuuba Como aconteceu a escolha do seu nome para comandar a pesquisa? Acredito que minha experiência nos estudos da espécie há 35 anos realmente contou na decisão da Natura em me nomear como coordenadora da pesquisa e conservação dos manejos sustentáveis de recursos naturais da ucuuba, nas suas áreas de atuação. Quais são as exigências da empresa em relação à pesquisa? A única condição imposta pela Natura foi que, realmente, realizássemos um trabalho em conjunto que revertesse benefícios para a comunidade. O que você considera mais importante nessa parceria? O mais importante foi conseguir fechar o ciclo de conservação que é a pesquisa feita no campo; a transformação em conhecimento acessível para a comunidade; o trabalho realizado em conjunto; a atividade de conservação; o aprendizado com a comunidade, como remanejar esse recurso e, ainda, o repasse de conhecimento adquirido comunidade X universidade para a empresa, que por sua vez, ao adquirir o produto e estabelecer algumas condições como obedecer o que foi desenvolvido na pesquisa, cria um ciclo de proximidade. As pessoas envolvidas se preocupam com a conservação da espécie e, nós que realizamos a pesquisa, nos preocupamos com a comunidade e com o processo seletivo da semente. O resultado é satisfatório? O resultado é um longo caminho percorrido até chegar ao produto de excelência, finalizado de acordo com as práticas sustentáveis. A pesquisa, sem a parceria das comunidades e da empresa, e, aí não estamos falando da Natura, mas "a empresa", não teria o mesmo sucesso", conclui Fátima Pina. Z.Q.
Gênero:	Matéria
Classificação:	UFSCar
Sub-classificações:	Pesquisa Citações Docentes ou Ex-docentes
Autor:	Zilda Queiroz
Pessoa citada/ entrevistada:	Fatima CM Piña-Rodrigues
Palavras-chave:	cosméticos;Natura;Ekos;Ucuuba;produtos;floresta;hidratação;biodiversidade;preservação;pesquisa;
URL:	http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/negocios/uma-joia-rara-da-natureza-lapidada-em-cosmeticos-1.1273588