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Texto na íntegra:

O entretenimento com recordações sobre minha trajetória de estudo e trabalho por conta do “memorial circunstanciado” que por dever de ofício precisei elaborar rendeu, além deste, outros dois artigos publicados anteriormente aqui no Comércio do Jahu: “Memorial - primeira parte”, em 18 de abril, e “Memorial – segunda parte”, em 2 de maio.

No primeiro, contava desde quando comecei trabalhar aos 12 anos até minha ida para a faculdade. No segundo, recordei o período de universitário em Marília, cursando Filosofia na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Como meu pai adverte, entre o certo e o duvidoso eu escolho sempre o duvidoso, e voltar para Jaú naquele momento não fugiu à regra.

Comecei o ano 2000 trabalhando como professor no período da manhã, mas, ainda com poucas aulas distribuídas em duas escolas particulares: Fundação Educacional Dr Raul Bauab e Colégio Academia. Neste último, aliás, para complementar a renda que ainda era insuficiente aceitei trabalhar na função de inspetor de alunos. Isso mesmo, terminei um ano como vice-diretor de escola e comecei outro como inspetor de alunos. A conta era fácil: somando esse salário com as aulas nas duas escolas chegava a um mínimo necessário para me manter.

Em poucos meses, como eu desejava que acontecesse, fui convidado pela coordenadora do Colégio Academia, Beatriz Malusá Penteado, a querida dona Bia, para auxiliar na coordenação. Assim, além das aulas, acumulei primeiro a tarefa de desenvolver projetos e, depois, assumi a coordenação pedagógica dos terceiros anos e “cursinhos”. Isso me obrigou a deixar as aulas na Fundação, mas, ao mesmo tempo, permitiu-me uma condição razoável para quem tinha saído da faculdade há pouco tempo.

Em julho de 2002 isso tudo desmoronou. Em meio a um clima tenso envolvendo a política local eu publiquei aqui mesmo no Comércio do Jahu um artigo, intitulado “Conversa para boi dormir”, com críticas às ações do então prefeito João Sanzovo Neto.

Sob alegação de que minha militância política era incompatível com meu cargo de coordenador pedagógico na instituição, o então diretor da escola, João Pirágine, tomou a decisão de me demitir. Foi como se eu perdesse o chão; não era preparado para ser demitido de um emprego; isso não passava pela minha cabeça.

Mas, como ensina o ditado, “quando uma porta se fecha, Deus abre uma janela”. A partir daí investi no trabalho de consultoria como negócio próprio que me rende até hoje; também tive condições de fazer o mestrado em educação na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), onde me titulei em 2005.

Nessa mesma época tive experiências voluntárias enriquecedoras como participar da fundação da Práxis – educação e cultura, uma organização não-governamental que desenvolve até hoje o “cursinho” pré-vestibular gratuito chamado Oportunidade para Todos Estudarem (Opte). Foi uma realização junto a amigos como Ademir Ventura, Osvaldo Contador Júnior (Buga), o juiz de direito dr. Carlos Zulian e outros.

Em 2006 fui aprovado em concurso público para o cargo de professor de filosofia no ensino médio, assumindo a vaga na Escola Estadual Caetano Lourenço de Camargo, onde lecionei até abril de 2010, quando pedi exoneração. Nesse período, tive a oportunidade de ser eleito conselheiro estadual do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).

Recentemente, concluí o doutorado em ciência política também na Ufscar, recebendo o título em setembro de 2013. Em relação ao trabalho, além da consultoria, também sou professor nas Faculdades Integradas de Jaú (FIJ), instituição que me permite investir na carreira acadêmica e respeita minha militância política.

Aliás, sobre isso, devo dizer que em meio a esta trajetória de trabalho e estudo que brevemente relembrei nestes textos, nos últimos anos também dividi meu tempo participando ativamente da vida política. Fui eleito vereador em Jaú em 2004 e reeleito em 2008. Em 2012, disputei a Prefeitura. E, agora, venho me dedicando à pré-candidatura a deputado federal por Jaú e região. Por quê? Porque a gente precisa. Mas, é possível? Sim; basta acreditar na gente.  

Carlos Ramos é professor, consultor e doutor em ciência política pela Ufscar.
www.carlosramos.org

Gênero:

Artigo

Classificação:

UFSCar

Sub-classificações:

Artigos

Autor:

Carlos Ramos

Pessoa citada/ entrevistada:

Carlos Ramos

Palavras-chave:

Memorial; Formação; Experiência de trabalho; Trajetória de estudos;

Memorial - terceira parte

Comércio do Jahu Jaú-SP em 2014-05-16 00:00:00.0

Páginas:	2
Texto na íntegra:	O entretenimento com recordações sobre minha trajetória de estudo e trabalho por conta do “memorial circunstanciado” que por dever de ofício precisei elaborar rendeu, além deste, outros dois artigos publicados anteriormente aqui no Comércio do Jahu: “Memorial - primeira parte”, em 18 de abril, e “Memorial – segunda parte”, em 2 de maio. No primeiro, contava desde quando comecei trabalhar aos 12 anos até minha ida para a faculdade. No segundo, recordei o período de universitário em Marília, cursando Filosofia na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Como meu pai adverte, entre o certo e o duvidoso eu escolho sempre o duvidoso, e voltar para Jaú naquele momento não fugiu à regra. Comecei o ano 2000 trabalhando como professor no período da manhã, mas, ainda com poucas aulas distribuídas em duas escolas particulares: Fundação Educacional Dr Raul Bauab e Colégio Academia. Neste último, aliás, para complementar a renda que ainda era insuficiente aceitei trabalhar na função de inspetor de alunos. Isso mesmo, terminei um ano como vice-diretor de escola e comecei outro como inspetor de alunos. A conta era fácil: somando esse salário com as aulas nas duas escolas chegava a um mínimo necessário para me manter. Em poucos meses, como eu desejava que acontecesse, fui convidado pela coordenadora do Colégio Academia, Beatriz Malusá Penteado, a querida dona Bia, para auxiliar na coordenação. Assim, além das aulas, acumulei primeiro a tarefa de desenvolver projetos e, depois, assumi a coordenação pedagógica dos terceiros anos e “cursinhos”. Isso me obrigou a deixar as aulas na Fundação, mas, ao mesmo tempo, permitiu-me uma condição razoável para quem tinha saído da faculdade há pouco tempo. Em julho de 2002 isso tudo desmoronou. Em meio a um clima tenso envolvendo a política local eu publiquei aqui mesmo no Comércio do Jahu um artigo, intitulado “Conversa para boi dormir”, com críticas às ações do então prefeito João Sanzovo Neto. Sob alegação de que minha militância política era incompatível com meu cargo de coordenador pedagógico na instituição, o então diretor da escola, João Pirágine, tomou a decisão de me demitir. Foi como se eu perdesse o chão; não era preparado para ser demitido de um emprego; isso não passava pela minha cabeça. Mas, como ensina o ditado, “quando uma porta se fecha, Deus abre uma janela”. A partir daí investi no trabalho de consultoria como negócio próprio que me rende até hoje; também tive condições de fazer o mestrado em educação na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), onde me titulei em 2005. Nessa mesma época tive experiências voluntárias enriquecedoras como participar da fundação da Práxis – educação e cultura, uma organização não-governamental que desenvolve até hoje o “cursinho” pré-vestibular gratuito chamado Oportunidade para Todos Estudarem (Opte). Foi uma realização junto a amigos como Ademir Ventura, Osvaldo Contador Júnior (Buga), o juiz de direito dr. Carlos Zulian e outros. Em 2006 fui aprovado em concurso público para o cargo de professor de filosofia no ensino médio, assumindo a vaga na Escola Estadual Caetano Lourenço de Camargo, onde lecionei até abril de 2010, quando pedi exoneração. Nesse período, tive a oportunidade de ser eleito conselheiro estadual do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Recentemente, concluí o doutorado em ciência política também na Ufscar, recebendo o título em setembro de 2013. Em relação ao trabalho, além da consultoria, também sou professor nas Faculdades Integradas de Jaú (FIJ), instituição que me permite investir na carreira acadêmica e respeita minha militância política. Aliás, sobre isso, devo dizer que em meio a esta trajetória de trabalho e estudo que brevemente relembrei nestes textos, nos últimos anos também dividi meu tempo participando ativamente da vida política. Fui eleito vereador em Jaú em 2004 e reeleito em 2008. Em 2012, disputei a Prefeitura. E, agora, venho me dedicando à pré-candidatura a deputado federal por Jaú e região. Por quê? Porque a gente precisa. Mas, é possível? Sim; basta acreditar na gente. Carlos Ramos é professor, consultor e doutor em ciência política pela Ufscar. www.carlosramos.org
Gênero:	Artigo
Classificação:	UFSCar
Sub-classificações:	Artigos
Autor:	Carlos Ramos
Pessoa citada/ entrevistada:	Carlos Ramos
Palavras-chave:	Memorial; Formação; Experiência de trabalho; Trajetória de estudos;