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Páginas:

A3

Caderno:

Fatos e Opiniões

Seção:

Editorial

Resumo:

A abertura de um espaço para apresentações culturais é sempre uma notícia a ser destacada, especialmente quando o espaço se propõe a divulgar obras de arte originais e criativas. Inaugurada no último dia 10/12, a Usina CineCult, mais novo cineclube de Sorocaba, surge com a promessa de proporcionar um contato com o que existe de melhor na arte cinematográfica, valendo-se para tanto da energia de duas jornalistas da Assessoria de Comunicação da Prefeitura - Larissa Gallep e Mariana Campos - e do espaço pitoresco e aprazível (embora um pouco inadequado) da Usina Cultural Ettore Marangoni, na margem direita do rio Sorocaba. Atualmente funcionam em Sorocaba, além do Cineclube Municipal e da recém-inaugurada Usina CineCult, pelo menos outros cinco espaços voltados à exibição de filmes alternativos: o Sesi, o Sesc, o Cineclube Quilombinho, o Cineclube da Terceira Idade da Uniso, e o CineUfscar, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), ativado no começo deste ano, dentro da disciplina Cinema, Cultura e Meio Ambiente.

Texto na íntegra:

A abertura de um espaço para apresentações culturais é sempre uma notícia a ser destacada, especialmente quando esse espaço se propõe a divulgar obras de arte originais e criativas, oferecendo uma alternativa inteligente aos produtos padronizados, superficiais e repletos de clichês que caracterizam a indústria do entretenimento.

Inaugurada no último dia 10/12, a Usina CineCult, mais novo cineclube de Sorocaba, surge com a promessa de proporcionar um contato com o que existe de melhor na arte cinematográfica, valendo-se para tanto da energia de duas jornalistas da Assessoria de Comunicação da Prefeitura - Larissa Gallep e Mariana Campos - e do espaço pitoresco e aprazível (embora um pouco inadequado) da Usina Cultural Ettore Marangoni, na margem direita do rio Sorocaba.

Em se tratando de cineclubes, Sorocaba vive um momento excelente, que contrasta com a lacuna deixada em 2001 pela desativação do CineSenac, até hoje a mais longa e bem-sucedida experiência do gênero na cidade. Mantido pelo Serviço Nacional do Comércio, com programação e coordenação do jornalista Gai Sang, o CineSenac realizou sessões semanais durante nove anos, ajudando a formar um público assíduo para o cinema alternativo.

Antes do CineSenac, porém, exibições regulares de filmes em 16 mm já tinham sido realizadas pelo Cinebando Cineclube, que funcionou de 1984 a 1986, por iniciativa de um grupo de jovens intelectuais que incluía Edeméia Pereira, Marisa Macambyra, William Martins, Antônio Querino Neto e o próprio Gai Sang. Mesmo com a dificuldade de conseguir filmes naquele formato, o Cinebando promoveu mostras importantes, como o ?Ciclo Herzog?, a ?I Mostra de Cinema Alemão Contemporâneo? e o ciclo ?Novo Cinema Paulista?.

A lacuna deixada pelo CineSenac seria preenchida em abril de 2002, com a inauguração do Cineclube Municipal, na sede da Fundação de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba (Fundec). Localizado no centro da cidade, em local de fácil acesso para estudantes e população em geral, este cineclube se incorporou à rotina da cidade com uma programação selecionada. E, se já conseguia cumprir sua missão apesar da simplicidade do antigo auditório da Fundec, passou, com a ativação da Sala Fundec, no final de 2007, a contar com a estrutura impecável de uma sala especialmente projetada, dotada de projeto acústico profissional, poltronas confortáveis, modernos equipamentos de som/imagem e sistema de ar-condicionado.

Atualmente funcionam em Sorocaba, além do Cineclube Municipal e da recém-inaugurada Usina CineCult, pelo menos outros cinco espaços voltados à exibição de filmes alternativos: o Sesi (que promove regularmente exibições de cinema e acaba de fechar a mostra ?Sesi Cinema 2008 - Femina?, no Teatro Dr Armando Pannunzio), o Sesc (que, mesmo com sua futura sede em construção, mantém exibições em espaços emprestados e já anunciou para janeiro as mostras ?Bola na Tela? e ?Documentários musicais?, em sessões noturnas no Parque dos Espanhóis), o Cineclube Quilombinho, inaugurado no dia 12 de novembro pela associação cultural do mesmo nome, na Vila Leão (este, voltado para produções que discutem a questão racial), o Cineclube da Terceira Idade da Uniso, que está completando dois anos de atividades, e o CineUfscar, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), ativado no começo deste ano, dentro da disciplina Cinema, Cultura e Meio Ambiente. Em todos esses espaços, as sessões são gratuitas e abertas a todos os interessados.

Iniciativas como essas são muito bem-vindas, na medida em que permitem ao público conhecer produções essenciais da história do cinema, nem sempre disponíveis nas salas de exibição comerciais e locadoras, além de reunir pessoas de todas as idades em torno de sua paixão em comum por essa arte fascinante.

Gênero:

Editorial

Classificação:

UFSCar

Sub-classificações:

Geral

Palavras-chave:

Telao; cineclube, cineufscar;

URL:

http://www.jcruzeiro.com.br/materia.phl?editoria=49&id=147213

Tudo de bom no Telão

Cruzeiro do Sul Sorocaba-SP em 2008-12-23 00:00:00.0