CLIPPING
Coordenadoria de Comunicação Social
Fone: (16) 33518119, Fone/Fax: (16) 33518120 - e-mail:
ccs@ufscar.br
UFSor, uma universidade emancipada
Cruzeiro do Sul
Sorocaba-SP em 2015-03-15 00:00:00.0
Números de colunas:
4
Altura da coluna:
18,0 cm
Páginas:
1
Caderno:
Artigo
Texto na íntegra:
Não faz muito tempo escrevemos neste espaço sobre a oportunidade ímpar de se criar a Universidade Federal de Sorocaba, UFSor, a partir do campus da UFSCar em Sorocaba. Mesmo em meio à crise financeira não podemos perder de vista os benefícios que essa transformação trará para Sorocaba e sua recém-criada Região Metropolitana. A discussão sobre a criação da UFSor, que está sendo conduzida pela Câmara dos Vereadores por meio de Comissão Especial, é extremamente salutar para toda a grande Sorocaba. Uma universidade federal que carregue o nome da nossa cidade para o resto do Brasil e do mundo é algo que mexe com os brios de todos e deve ser motivo de orgulho. No entanto, apesar da evidente vantagem de se ter uma universidade federal e não apenas um campus, há uma questão que pode ser levantada de imediato nessa discussão: criá-la a partir do campus da UFSCar ou criá-la a partir do zero. As duas possibilidades são viáveis, desde que haja vontade política para isso. No entanto, criá-la a partir do campus da UFSCar é a mais economicamente viável, pois já há infraestrutura para isso. Além disso, o campus da UFSCar foi pensado e construído para se tornar a futura UFSor, como atesta seu Plano Diretor, acordado pelo MEC e sociedade local. Ou seja, só faz sentido, tanto do ponto de vista financeiro quanto político, criar a UFSor a partir do campus já existente. Há vários campi espalhados pelo país que foram emancipados, tornando-se eles próprios universidades federais e que servem de exemplo. Vejamos apenas um, bastante significativo. A Universidade Federal da Paraíba foi criada em 1960, oito anos antes da UFSCar. Inicialmente, eram vários campi espalhados pelo estado, dentre eles o de Campina Grande, que nesse período tinha uma população de cerca de 150 mil habitantes (hoje é de quase 400 mil). Em 1996 foi apresentado o projeto de emancipação desse campus e em 2002 foi oficialmente criada a Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, que já surgiu com uma estrutura que incluía quatro campi: a sede em Campina Grande e os outros nos municípios de Cajazeiras, Patos e Souza. Atualmente são sete campi com o acréscimo de Pombal, Cuité e Sumé. Note que foram seis anos de luta e espera para a criação da UFCG. Mas será que valeu a pena? Vejamos. No documento original contendo a proposta de emancipação do campus de Campina Grande havia a descrição de 20 cursos de graduação e 12 de pós-graduação. Em 2003, no seu primeiro ano como universidade autônoma, o número de cursos de graduação foi para 22 com pouco mais de nove mil alunos. Em dados de 2014, a UFCG possui 11 centros acadêmicos, 57 departamentos e 95 cursos de graduação, totalizando mais de 15 mil alunos. Houve um aumento de mais de 70% no efetivo de alunos entre 2003 e 2014 e de mais de 300% no número de cursos. Cabe notar que em 2003 a UFCG teve um orçamento de aproximadamente 62 milhões de reais. Para 2014 foi de pouco mais de 480 milhões de reais, com previsão para 2015 de cerca de 530 milhões. Comparando 2003 com 2014, têm-se um aumento de quase 700% no orçamento. Apenas a título de comparação, em 2014 a UFSCar teve um orçamento de pouco mais de 440 milhões de reais. Note que o orçamento da UFCG está em pé de igualdade com o PIB de Iperó ou Araçoiaba da Serra, por exemplo. Ou seja, ter uma universidade deste porte equivale a ter um município dentro de Sorocaba. Ou mais um município na RMS, caso queiram. Desnecessário dizer que os impostos gerados ficam na região. Com nove anos de existência o campus de Sorocaba da UFSCar possui 14 cursos de graduação, dez de pós-graduação e pouco mais de três mil alunos. Imagine o potencial econômico da RMS aliado à vontade política e ambos atuando para a emancipação e crescimento da UFSor. Há condições de termos uma das melhores universidades federais do país, não há dúvida. Mas o que a futura UFSor pode oferecer à RMS? Em primeiro lugar a abertura de novos cursos, pois isso significa aumento na oferta de vagas. Em segundo lugar, podem ser criados outros campi na RMS com cursos que atendam a demanda local. Poderiam ser ofertados, por exemplo, cursos de Engenharia nas áreas de Aeronáutica, Hidroviária, Elétrica, Mecânica, Ferroviária, além de História, Filosofia, Música. Ou cursos na área da saúde tais como Medicina, Enfermagem e Educação Física. Um hospital universitário é uma alternativa a mais para o atendimento da população. Para que tudo isso ocorra há a necessidade de envolvimento de todas as prefeituras da RMS, pois todas se beneficiarão da UFSor. Em 2002, uma cidade menor do que Sorocaba estava apta a ter sua própria universidade federal. Perseverança, vontade política e mobilização da sociedade fizeram isso acontecer. Façamos o mesmo e teremos bons frutos para colher.
Gênero:
Artigo
Classificação:
UFSCar
Sub-classificações:
Artigos
UFSCar - campus Sorocaba
Palavras-chave:
UFSor;
Sistema de Apoio à Comunicação Integrada (SACI)
- Copyright© 2009-
UFSCar
-
CCS
- Versão 5.0.4